sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Parque do Mico-leão-dourado extinto!

S.O.S. Para completar a "obra" ambiental do poder executivo cabofriense, o prefeito baixou um decreto (n° 4.244, de 06/08/2010) acabando com o Parque Municipal do Mico-leão-dourado, localizado no 2° distrito e que tinha como objetivo preservar um fragmento de Mata Atlântica que abriga a espécie de primata ameaçada de extinção que dá nome ao parque. Com isso, Cabo Frio tem menos uma Unidade de Conservação, o que eu classifico com um retrocesso ambiental.
Cuidado Zé Henrique, nossa única Unidade de Conservação efetiva (Dormitório das Garças) pode estar em risco.

Digo mais uma vez, a sociedade precisa se mobilizar.

Divulguem esse descaso com o nosso patrimônio natural. E também um descaso com o cidadão, que não participa da gestão da cidade (por que será?).

Gestão participativa já! Estou cansado da "cidade para o cidadão". Precisamos de uma "cidade com o cidadão"!

Fundo Municipal (Vazio) de Meio Ambiente

Por incrível que pareça, o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA) foi finalmente criado, dia 19/08/2010, pela lei 2.289.
Como nada se faz da melhor forma nessa cidade, o FMMA foi criado "no escuro" e com 0% (zero por cento) dos royalties do petróleo.
É importante esclarecer que a lei orgânica previa a destinação de 20% da receita dos royalties para o FMMA Por acharem muita grana para se investir em meio ambiente, este percentual foi o entrave para a criação do fundo até então. Sabendo-se disso, o Conselho de Meio Ambiente, apoiado por ambientalistas, propôs uma vez que o percentual caisse para 10%, mas não adiantou. Chegaram a sugerir até 5% e nada.
Enfim temos um fundo de meio ambiente (mesmo que vazio), graças a pressão do Estado para se cumprir as exisgência previstas na resolução CONAMA 237 e no decreto estadual 40.793, que determinam a necessidade do Fundo, do Conselho e ainda de um Código Municipal de Meio Ambiente para que o município possa fazer o licenciamento ambiental.
Agora falta o Código. Como será feito? Será que a sociedade organizada terá direito de participar? Ou será, como quase tudo no município, de cima para baixo, de acordo com os interesses sabe-se lá de quem?

Retificação - Meio ambiente parado

De acordo com o esclarecimento dado por alguns colegas conselheiros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Cabo Frio de que as reuniões do conselho vêm acontecendo tem alguns meses já, e inclusive tem uma agendada para hoje (09/09/10) às 9h na Casa dos 500 anos, venho retificar o meu questionamento:


Alguém sabe me dizer quando a Prefeitura de Cabo Frio vai botar o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente para funcionar efetivamente?


Uma mosquinha me disse que o INEA pressionou o município a reativar o conselho, pois para que o Licenciamento Ambiental continuasse sendo feito era necessário um conselho ativo.
Assim como é necessário ter um Código e um Fundo Municipal de Meio Ambiente.


Estamos aguardando os próximos capítulos... e sempre de olho!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meio Ambiente parado

Alguém sabe me dizer quando a Prefeitura de Cabo Frio vai botar o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente para funcionar?
Nem com denuncia no Ministério Público as coisas funcionam...
Uma vergonha!!!
A sociedade precisa se mobilizar!

O professor no combate às drogas

Capacitar os educadores em relação à problemática das drogas, unificar as ações de combate à drogadição e torná-las uma política de Estado. É o que defende o professor José Vicente Lima Robaina, autor do livro Drogas – O Papel do Educador na Prevenção ao Uso (Editora Mediação), escrito a partir de sua tese de dou­torado. Robaina tem 48 anos, nasceu em Passo Fundo (RS) e começou a trabalhar com o tema depois de enfrentar um problema em família. É professor do curso de Química e do Programa de Pós-graduação em Ciências e Matemática pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e presta assessoria sobre o assunto para escolas do Rio Grande do Sul. Veja os principais trechos de sua entrevista à Gazeta do Povo.

As drogas estão em evidência há décadas, mas apenas há relativamente pouco tempo ouvimos falar sobre essa problemática nas escolas. É possível precisar quando a questão chegou à escola?

Há uns 10 ou 20 anos, mas o problema está mais evidente agora. A gurizada está muito agressiva, começando a usar drogas cada vez mais cedo. Isso está causando problemas que interferem no processo de ensino e aprendizagem. Antigamente as pessoas entravam nesse universo mais tarde, hoje temos usuários com 4 ou 5 anos de idade. Imagine como esses alunos vão estar quando estiveram na quarta, na quinta série. O uso e o abuso geram violência.

O senhor fala sobre a necessidade de municipalizar as ações antidrogas. Como se faz isso em educação, em que estados e municípíos têm atribuições diferentes?

Falo em relação às políticas. Existe uma polícia nacional. A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Ministério da Justiça, está desenvolvendo políticas e ações para tentar diminuir o problema. Só que a grande maioria das prefeituras não tem políticas de prevenção. É necessária a adaptação dessas políticas de amplitude nacional para os níveis estadual e municipal. O objetivo é que cada cidade possa desenvolver políticas e unir essas ações. Não adianta fazer ações isoladas. Com o advento do crack, deputados estaduais do Rio Grande do Sul trataram do tema em diferentes comissões. No fim do ano, todas as comissões lançaram cartilhas e folhetos. Mas todas essas ações estavam desarticuladas, cada um trabalhou dentro da sua lógica. Precisamos unir essas ideias, desenvolver uma política. Atitudes isoladas não vão surtir efeito.

Muitos usuários tendem a desprezar alertas. Como romper essa barreira?

Fazendo um trabalho na periferia de Porto Alegre, uma pessoa citou um caso: o aluno ganha em torno de R$ 1 mil por mês com o tráfico, como dizer para ele parar e procurar um emprego, onde vai ganhar R$ 400 por mês? Ela achava que não teria argumentos suficientes. Primeiro é preciso enfatizar os problemas e as consequências da droga: se hoje ele ganha R$ 1 mil, amanhã poderá não ganhar nada. Ele poderá estar preso ou morto. É mais garantido trabalhar honestamente e ganhar pouco. É difícil convencer os adolescentes, mas, quando há formação, há argumentos.

A impressão é que hoje há apenas ações isoladas. Na sua opinião, falta uma política de Estado em relação a essa formação?

Acho que sim. Se os governos estaduais e municipais estão preo­­cupados, deveriam capacitar seus técnicos. A prevenção é uma questão de educação, esse é o desafio das políticas públicas. Se a pessoa já está dentro do processo, a prevenção falhou, é hora da ação da saúde pública. Outro problema é que tem pouco trabalho de reinserção. Temos muito trabalho de tratamento, pouco de prevenção e nenhum de reinserção.

Na escola, não há o risco de usuários serem discriminados pelos colegas, o que poderia agravar o problema?

Esse risco existe. Se o professor tem uma formação e sabe como trabalhar, evita que os colegas façam esse tipo de isolamento ou exponham o colega. O professor vai oferecer ajuda. Se o aluno sentir confiança, vai falar. Se chegar queimando, o aluno não vai ter confiança e vai querer viver longe do professor. Isso muitas vezes falta para o professor. A gente ouve até casos de agressão aos professores.

Em que medida o desconhecimento dos educadores sobre o tema é um problema?

Muitos professores não sabem nem identificar quando há um problema com drogas. Às vezes o aluno está com olhos vermelhos, pupilas dilatadas ou agressivo, mas o professor não sabe identificar. A gente vê muito isso.

Seu livro cita três projetos desenvolvidos em escolas. Há linhas gerais, ou as particularidades pesam mais?

Tem linhas gerais, mas deve-se levar em conta as particularidades. Tem que ver o que tem em volta da escola, se tem tráfico. É um trabalho integrado com a comunidade. Em um dos casos analisados tinha tráfico dentro e fora da escola, os professores e a direção chamavam a polícia diariamente – e local de polícia não é na escola. A primeira evidência é que os professores não tinham formação para tratar dessa situação. Uns 30% dos professores começaram no projeto, os outros foram aderindo. A partir disso começou a se pensar em ações com professores de diferentes disciplinas. O trabalho se tornou uma proposta interdisciplinar. Na escola tinha um fumódromo que os professores utilizavam, com o passar do tempo essa sala foi extinta por pressão dos alunos. De maneira geral, vejo que a drogadição passa por uma questão de educação, de formação na própria casa. Os pais têm remédios, sabemos de relatos de crianças que começaram assim. É assim também com a bebida, o pai toma um copo de uísque e a criança, vendo isso, também pode vir a ter o hábito de beber. Essas situações são levadas para a escola.

Há alguma estratégia que deve ser evitada?

Sou contra palestras para alunos, isso não funciona. A pessoa começa a falar sobre as sensações causadas pelas drogas e o adolescente pensa “vou experimentar pra ver se dá isso mesmo”. O tiro sai pela culatra. Um ex-dependente químico que saiu de uma clínica em Porto Alegre foi dar palestras em escolas. Ele dizia para os alunos que tinha sido usuário e que tinha sobrevivido. É melhor trabalhar com o professor.
Equipe A.R.C.A.
Capacitação, Prevenção, Palestras, Capacitação, Tratamentoe Acompanhamento Terapeutico em Dependência Química - 12 passos
Tadeu Assis - Coordenador
Tel.: (22) 2643.9399 (22) 9914-3450

sábado, 4 de setembro de 2010

Cientistas atacam selo "verde" de pesca

A credibilidade do principal selo de pesca sustentável do planeta -que já andava um tanto abalada foi definitivamente posta em xeque nesta semana.


Órgão contesta críticas e se diz sustentável.


Em artigo na revista "Nature", pesquisadores acusam o MSC (Conselho de Boa Gestão dos Mares, em inglês) de se preocupar cada vez mais com os interesses da indústria pesqueira, deixando de lado as questões ambientais.


"Nós acreditamos que os incentivos do mercado afastaram o esquema de certificação de seu objetivo original, promovendo, como nunca antes, a certificação das operações de capital intensivo", afirmam os cientistas, liderados por Jennifer Jacquet e Daniel Pauly, da Universidade da Colúmbia Britânica.

De acordo com eles, a expansão do órgão acompanhou o interesse por frutos do mar pescados de forma responsável. As indústrias certificadas saltaram de seis, em 2004, para 94 atualmente. Outras 118 estão em processo de avaliação.


Embora o MSC seja uma entidade sem fins lucrativos, a certificação custa caro: entre US$ 15 mil e US$ 150 mil (algo em torno de R$ 26,4 mil e R$ 264 mil) por companhia.


Esse dinheiro é pago a consultorias credenciadas - com fins lucrativos - que conduzem todo o processo.

Para os cientistas, esse sistema cria um conflito de interesses. Os responsáveis pelas avaliações podem achar que, se forem mais lenientes com o cumprimento dos critérios, podem receber mais trabalho e lucrar com as auditorias anuais obrigatórias, que podem custar até US$ 75 mil.

Texto completo em:

http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/09/04/cientistas-atacam-selo-verde-de-pesca.jhtm