segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DNA em pontas de cigarro guardadas por 24 anos desvenda crime nos EUA

Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por 24 anos.

O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York.

Mas Goodwin insistiu para que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os assassinos.
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime.

Lewis Slaughter, de 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será sentenciado em dezembro.

Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986.

"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News.

"Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma 380 tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo."

Reportagem completa em http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/11/15/dna-em-pontas-de-cigarro-guardadas-por-24-anos-desvenda-crime-nos-eua.jhtm

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cientistas britânicos criam mosquito geneticamente modificado para combater a dengue

Por Kate Kelland


Cientistas britânicos criaram um mosquito geneticamente modificado que, por transmitir um gene assassino, pode eliminar a população de insetos causadores da dengue.

A empresa chamada Oxitec fez um pequeno teste de campo nas ilhas Cayman, no Caribe. Liberando na natureza 3 milhões de mosquitos geneticamente modificados, reduziram em 80 por cento a população de mosquitos "Aedes aegypti" num prazo de seis meses numa pequena área.

A dengue, doença que pode ser letal e é endêmica em vários países, inclusive no Brasil, é transmitida pela picada da fêmea do mosquito. "A ideia é que soltando machos estéreis eles vão acasalar com as fêmeas selvagens", disse Luke Alphey, cientista-chefe e cofundador da Oxitec.

"Uma das principais vantagens é que os machos buscam ativamente as fêmeas -- eles são programados para isso."

O resultado desse acasalamento gera larvas que morrem antes ou logo depois de atingirem a maturidade como mosquitos. Por causa da alteração genética, os mosquitos só sobrevivem se forem tratados com o antibiótico tetraciclina.

Dessa forma, é possível administrar o "antídoto" a eles em laboratório, criando grandes populações de machos com essa alteração do DNA. "Quando soltamos os machos na natureza e eles se acasalam com as fêmeas, toda a prole herda uma cópia do gene que os mata se não receberem o antídoto", disse Alphey.

A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 milhões de casos de dengue por ano no mundo, dos quais 25 mil sejam fatais. Não há vacina nem tratamento eficaz, e especialistas dizem que é urgente encontrar novas formas de conter a difusão da doença, cuja incidência global cresceu fortemente nas últimas décadas.

Angela Harris, da Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquitos das ilhas Cayman, se disse muito animada com os resultados do teste, realizado de abril a outubro. "Um dos principais problemas da dengue é que não há cura, não há vacina e não há drogas que você possa tomar para evitá-la ou sarar. Então o único controle (...) é matar os mosquitos e assegurar que eles não estejam lá para transmitir o vírus."

Alphey disse que a Oxitec, com sede em Oxford, está negociando com autoridades de vários países, inclusive Brasil, Malásia e Panamá, para realizar testes mais amplos.

Fonte: Bol Notícias.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

MP move ação contra fim de parque ecológico no RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ajuizou uma ação civil contra a Prefeitura de Cabo Frio para evitar a extinção do Parque Ecológico Municipal do mico-leão-dourado. A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio requer a imediata declaração de nulidade do decreto municipal que revogou o ato de criação do parque, de 13 anos atrás.



Na ação, o promotor de Justiça André Luiz Farias ressalta a importância da existência do parque, ainda não implementado, para assegurar a preservação da flora e da fauna da Mata Atlântica da Baixada Litorânea Fluminense, compostas por diversas espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-dourado, que dá nome à unidade.

A ação se baseia em três inquéritos civis instaurados pelo MP-RJ para acompanhar a implementação da unidade de conservação. O promotor Farias menciona que a Constituição Federal estabelece que a criação dessas unidades pode ser feita mediante qualquer ato do Poder Público, mas a alteração ou a supressão, conforme o Sistema Nacional de Conservação da Natureza, só pode acontecer por intermédio de lei específica.

Ele completa que, dentre as ações que cabem à prefeitura para a implementação do parque, estão a criação do Conselho Consultivo, a elaboração de um plano de manejo e a promoção adequada das desapropriações necessárias. O Parque Ecológico Municipal do mico-leão-dourado foi criado por um Decreto Municipal de 1997.

Atualmente, restam menos de 10% da cobertura original de floresta na região de Cabo Frio. Na área do parque, entre a margem direita do Rio São João até a margem do córrego do Gargoá, oito grupos de micos-leões-dourados foram visualizados, em apenas um mês (março de 2005), pela associação que cuida do monitoramento desses animais.

Para Farias, a Prefeitura de Cabo Frio tenta se "esquivar do seu dever de proteger o meio ambiente ecologicamente equilibrado ao editar o decreto municipal número 4.244 de 2010, buscando, de maneira ilegal e inconstitucional, extinguir aquela unidade de conservação, violando as determinações impostas pela Constituição".

O MP-RJ requer a declaração da nulidade desse decreto, que extingue o parque, a elaboração de um plano técnico emergencial para regular as atividades da unidade de conservação até o advento do plano de manejo, a criação do Conselho do Parque Municipal Natural do Mico-Leão-Dourado e a criação de um plano de regularização fundiária para gerenciar os procedimentos de desapropriação.

Fonte:
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,mp-move-acao-contra-fim-de-parque-ecologico-no-rj,631053,0.htm