domingo, 4 de julho de 2010

Marina “heroína”


Em meio a mentiras e subornos na política, Marina Silva é honesta e altruísta. Ela é ouvida, fala com paixão, mas de maneira refletida, e leva seu trabalho a sério. Sua inteligência e liderança apaixonada são mundialmente reconhecidas.
Marina usa a lei para lutar pela floresta. Até chegar a um dos principais cargos políticos do país, a senadora percorreu trajetória mais espetacular que a da Cinderela, princesa que saiu dos farrapos e alcançou a riqueza. Isso porque, no Brasil, ela deixou a pobreza iletrada e chegou à universidade.
É dessa forma que a senadora do Acre é descrita na biografia "Marina Silva - defendendo as comunidades da floresta tropical do Brasil", lançada em 2001 por uma editora feminista e sem fins lucrativos dos EUA.
A obra foi pensada e escrita antes de Marina ganhar a projeção de ministra do Meio Ambiente e candidata à Presidência pelo PV.
O livro integra a coleção "Mulheres Mudando o Mundo", que tem o objetivo de apresentar exemplos de vida e superação a jovens com idades entre 12 e 16 anos.
Na obra, adolescentes americanos têm contato com uma visão do Brasil, do Acre -"AH-kray", para a pronúncia-, Estado natal da senadora, e do cenário político.
"Políticos são, normalmente, das grandes e ricas famílias que governaram o Brasil por 500 anos (...) O PT não acreditava na compra de votos ou em promessas que não seriam cumpridas", descreve a autora da obra, Ziporah Hildebrandt, sobre o início da trajetória de Marina.
Hildebrandt não fala português, nunca pisou no Brasil nem manteve contato direto com sua biografada -as entrevistas com Marina foram feitas via um assessor do Senado que falava inglês.
A autora contou à Folha.com que recebeu a encomenda de um livro sobre Marina e que passou um ano e meio estudando a vida da senadora e a história do país. Hildebrandt disse que a editora queria a biografia de uma mulher que representasse negros, índios e o ambiente.
Questionada sobre o tom épico do livro e a descrição de uma personagem que lembra uma heroína da floresta, ela afirma que a intenção da série não é fazer livros críticos ou objetivos.
É, diz, apresentar exemplos de mulheres que superaram grandes obstáculos e conseguiram promover mudanças em seus países, servindo como fonte de inspiração a jovens mulheres.
Fazem parte da série biografias de Aung San Suu Kyi (Nobel em 1991, de Mianmar), Ela Bhatt (Índia), Rigoberta Menchú (Guatemala) e Mamphela Ramphele (África do Sul), entre outras.
Fonte: Folha.com
http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2010/07/04/sem-ter-falado-com-marina-autora-traca-perfil-de-heroina.jhtm

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